Não conheço o Santo Daime, não tomei o chá e nunca participei do ritual. Algumas clientes tomaram e me falaram algo sobre o que sentiram. Ouvia e aceitava, porque respeito a iniciativa delas.
Eu digo sempre que você deve se responsabilizar pelas buscas e ter consciência de que onde estiver, estará se comprometendo com o que se realiza ali. E incentivo que investigar pode ser uma boa aventura. Roberto Crema afirma que "náufrago é aquele que teme mergulhar!"
Talita veio à minha sala, querendo apoio para seu filho Théo, ele chorava muito, levando-a ao desespero. Abri um processo e revelei para ela algumas informações e facilitei atitudes que deram a ela segurança e paz. Com dois atendimentos, o filho voltou ao normal.
No entanto, ela ficou curiosa, com algumas sinalizações que fiz e decidiu, sem pedir minha opinião, ir numa cerimônia do Santo Daime experimentar o chá.
Depois me trouxe este depoimento. Pedi que escrevesse, para que pudéssemos refletir e colocar sua experiência disponível para todos.
Diz ela, "logo que cheguei ao espaço, estava muito feliz de estar lá. O trabalho começou devagar, a força veio vindo lentamente. Senti inicialmente muita alegria e muito amor. Passei por uma esfera de forte gratidão".
Suas palavras demonstram que o ambiente e o grupo estão numa frequência vibracional expressiva e boa.
Eu me recordo que na Penitenciária do Estado, quando realizei lá atividades espirituais de apoio e estudos espíritas, sentia um ambiente energético muito bom, semelhante e às vezes até melhor do que percebia em alguns templos religiosos, centros espiritas etc.
"Sentia a presença de todas as pessoas vibrando por nós e percebia a presença da Dyvia, da Paula (muito forte! Muito linda, bem clara e sorridente), da Cíntia, do Wilson, da Mayi e da Fabi, como que coordenando também o trabalho".
Eu gosto disso, dessa sensação de amizade, alegria e compartilhação nos grupos de atividades espirituais. Conforta e dá segurança. Acho estranho, lugares que exigem silêncio, com placas de que o silêncio é uma prece.
"Foi tudo muito leve e gostoso. O que eu via e sentia foi sempre na perspectiva de observadora, ainda com muito amor e leveza. E o Daime, era doce e suave".
Essa informação de ter ficado como observadora é importante. Demonstra que ela não foi dominada por forças invasivas, seu espaço/consciência foi respeitado.
Em Alfenas - MG estive com um parapsicólogo, ele fazia regressão a vidas passadas (única vez que permiti isso comigo). Ele era acompanhado por um sensitivo bem jovem e o rapaz é que mergulhava em meu passado, trazendo informações que foram úteis para minha vida. Meu espaço e consciência foram plenamente respeitados.
"Na segunda dose, diz a mãe do Théo, entrei mais fundo, tive vários insights e várias imagens. Algumas já se perderam.
Senti meu espírito mais puro, suave e delicado e pude observar as armaduras e armas que recebi para essa vida, dentre elas a minha dureza, minha dedicação ao trabalho, minha persistência, minha obstinação. Eram essas, as armas que escolhi para cumprir a minha missão nessa vida. Mas vi que não sou isso. Me sentia muito suave e delicada, até frágil, meu jeito de ser não foi corrompido".
Curiosa, impressionante e esclarecedora essa percepção dela. Ela se vê recebendo ferramentas que poderá utilizar na vida. E me falava sempre, nos atendimentos, de um impulso para o trabalho que não representava com fidelidade, a sua vontade de alma.
Honore Balzak atraves da psicografia de Waldo Vieira transmitiu o livro "Cristo Espera por Ti". O autor/Espírito informa que há no mundo espiritual uma Psicoteca, onde os candidatos ao retorno a vida física podem visitar para assimilar por projeções ideoplásticas as imagens e a vida de grandes personagens que viveram no Planeta Terra. E saem de lá impregnados da força, inteligência e amorosidade deles.
Pelo que se vê, a Talita "recebeu" em seu corpo astral/alma essas energias. No entanto, ela diz: Mas vi que não sou isso. Me sinto muito suave e delicada, até frágil. Esta sou eu! Tomei outras doses e fui entrando mais e mais. Em algum momento eu me ouvi dizendo "a doença levou meu filho", senti que estava em outro plano, em outra vida e percebi que tinha perdido o Théo um pouco maior do que ele é hoje.
Era um sofrimento sem tamanho. Um sofrimento tão grande que transbordou para essa vida. Fiquei muito tempo (naquela vida e depois) imersa nesse sofrimento, nesse umbral, sem fé e me sentindo vítima e culpada".
Com essa experiência, ela me diz que agora entende porque sente ainda esse sofrimento com ele, porque não aguenta vê-lo chorar, porque não consegue conceber a ideia dele sofrer ou ter dor.
Adquiriu a compreensão do porquê desse processo dele de encarnar agora. Sentiu a impotência da outra vida, e vê a razão da sua incapacidade perante a maternidade e em assumir essa função.
Meu coração se fechou no passado, diz ela. Mas senti tudo isso muito leve e à distância. Percebi a alegria de ter a oportunidade que tanto pedi de receber ele de novo e de fazer diferente.
Eu vim forte e ele veio forte. Mãe e filho viemos para fazer acontecer dessa vez. Senti que toda a minha trajetória de vida, de ter meus sucessos, minha vida estabilizada, o Heitor ao meu lado como alicerce para recebê-lo e ser diferente dessa vez.
"Também senti que temos que nos amar e construir uma vida juntos, mas sem ser únicos para nós mesmos". Que visão extraordinária, essa. É a essência do amar/amar-se, que não sufoca, nem algema.
"Eu ter meu trabalho e minha carreira faz parte da minha missão e vamos construir nossa vida juntos, mas com autonomia. Isso será um desafio". É realmente um grande desafio, viver junto, misturando metas e caminhos, sem perder sua identidade e nem desfazer os direitos do parceiro.
"Senti que me foi revelado somente o necessário para eu entender o que está acontecendo e seguir adiante, com fé e gratidão por essa nova chance".
Esta informação é importante. O processo do Daime revelou exatamente o que ela precisava saber! Nada de curiosidade. Era a busca sincera de uma alma aflita. E a resposta de Deus, pelo Daime, veio clara e justa!
"Minhas noites e sonhos estão revigorantes nesses últimos dias. Cheios de alegria e música. Me encontro com a Mayi, rimos e dançamos. O Théo ainda está processando, sinto que ele também está mexido. Ele teve diarreia sexta e sábado. Estamos conversando bastante sobre tudo isso. Ainda sinto que o trabalho está se encerrando e preciso me lembrar de ter fé e estar ligada para cumprir essa missão, sentindo novamente todo o amor e gratidão!
Também é importante manter a conexão para continuar o trabalho de cura para mim e para o Théo, com toda a rede de apoio que temos. Me senti muito abençoada por ver todos os amigos que estão nos ajudando!".
Como se vê, o processo causou uma cura expressiva. Claro, ela vai ter as dificuldades naturais da vida, como mãe, esposa e mulher. As informações e percepções, no entanto, serão sempre sinalizações importantes para que ela viva com discernimento, coragem e alegria no coração.
O que importa é como você caminha! Diz Catarina de Siena: O caminho é o céu!
POR: WILSON FRANCISCO - site: somosstum
-- contribuição de jorge luiz Barbosa (jlobarbosa@gmail.com)
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