terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Terapia Xamânica

Ser verdadeiro é pois a ciência para entramos totalmente seguros nos estados elevados de consciência e deles conseguirmos sair, trazendo no retorno novas aquisições para continuarmos a Busca. Nos níveis sutis, a verdade atrai a verdade. O ser manifestado enquanto verdade é a matéria prima da criação. Quanto mais estamos na verdade, mais se apresenta a nós na miração aquilo que precisamos ser. E Deus nos usa como peças do seu quebra-cabeças divino, nos inspira amor e nos torna cúmplices da sua obra. A verdade do ser é exata, nela nada falta nem sobra. Não há lugar para condicionamentos mentais, hábitos viciosos disfarçados de caráter, máscaras ou papéis sociais. Se o nosso coração nos acusa, é porque não temos verdade. E sempre que esta falta de verdade interromper a nossa "miração", desestabilizando-a, devemos aproveitar o seu momento sagrado para pedir ao Poder que nos conceda a chance de nossa transformação. O sofrimento e o desconforto, que às vezes essa disciplina nos acarreta, depois sempre é sentida como benéfica. Eis a autêntica terapia xamânica, uma terapia de conversão à verdade, onde nos afastamos das ilusões e das samsaras nos tornando cada vez mais conscientes do nobre script que Deus nos reservou.

Tentamos aqui, violando o item da inefabilidade da experiência mística, expressar de alguma maneira com as palavras, essa sensação extraordinária que é trabalharmos projetados em nossos corpos sutis nas oficinas seráficas da criação divina. Isso ocorre, como já vimos, mediante à atuação do Eu Superior no interior das imagens visionárias, como se a "miração" fosse um jogo interativo de "realidade virtual espiritual". Para que esse processo traga benefícios que possam ser incorporados ao ser, exige-se deste uma postura passiva-receptiva e um padrão mental positivo e elevado. Dessa forma é que a barquinha da consciência pode navegar nas ondas do mar sagrado, que é a Mente, e se manter com as velas enfunadas em meio ao mau tempo e aos maus pensamentos.


Para finalizar esse ponto, gostaríamos de nos referir sucintamente a duas questões conexas à nossa abordagem de estado de consciência xamânico da "miração". Trata-se do carma e da mediunidade, aspectos ligados ao tema da cura xamânica. Num certo sentido, a cura espiritual já é a própria imersão do Eu nesses estados elevados de consciência, fazendo com que ele amplie a sua visão interna sobre as causas dos desequilíbrios que geram as doenças. Nessas vivências visionárias do Eu no interior da "miração" também ocorre dele se lembrar de fatos relativos às suas vidas passadas, facilitando a compreensão de padrões cármicos que precisam ser interrompidos nessa encarnação.


Já o fenômeno da mediunidade, não se resume apenas ao transe e à incorporação. Num outro sentido, ele trata também da miríades de pequenos "eus" que orbitam em torno do nosso Eu central. E que à primeira distração nossa, entram por dentro da casa e assumem o lugar do dono. Em alguns estágios da "miração" podemos perceber esses "eus" como seres. Podemos perceber que cada pensamento que flui na nossa mente é um ser e com isso, aprendemos a melhor ajustar o nosso dial mediúnico para captar apenas a freqüência dos seres que nos interessam. Mas nem sempre podemos escolher o que chega à nossa mente. Portanto esse canal mediúnico também nos ajuda a auto-doutrinar os maus pensamentos e afastar as más influências psíquicas e espirituais que podem se tornar nossos futuros obsessores.


Tentamos expressar um pouco o nosso entendimento da "miração" compreendido como um estado de percepção mística que guarda várias semelhanças com aquilo que denominamos consciência cósmica. Escolhemos um aspecto da "miração", a saber o da relação interativa do Eu com as visões, característica da tradição xamânica. Isso porque, a "miração" é ao mesmo tempo uma realidade visionária em movimento e um estado de contemplação extático. À maneira do samadi, comporta vários estágios, graus e possibilidades de realização. Apresenta planos e panoramas imensos e às vezes passa tempo trabalhando apenas alguns fotogramas. Sua meta suprema é a realização do Eu superior do homem. Apesar da ajuda inestimável das plantas sagradas para a sua consecução, o trabalho espiritual da "miração" nunca termina. Continua no dia-a-dia através do esforço de se manter coerente com os seus ensinos.


Algumas vezes, através da "miração", temos uma percepção clara da realidade espiritual da vida além do corpo. Penetramos assim no mistério que a nossa ignorância chama de morte, mas que não passa de uma transição para um outro estado de consciência. Voltar dessa experiência da "morte" com conhecimento do que isso seja, significa ter renascido e recebido o mais alto grau de iniciação, independente do credo que cada um professe.


Por isso consagramos o ser divino presente nessas plantas amigas e professoras do homem e a "miração" que ela nos fornece. Mesmo que o seu uso responsável seja sempre benéfico, é porém dentro de um contexto ritual e religioso, que sentimos uma maior segurança para a utilização profilática e terapêutica dos enteógenos.


  1. Blogsantodaimearquivos
FORWARD |

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ibogaína semelhante a ayahuasca

A reportagem abaixo se refere ao trabalho da equipe da UNIFESP e do Plantando Consciência que publicaram importante pesquisa.
 
 

Contra vício, pesquisa usa substância semelhante à ayahuasca

A pesquisa indicou que a ibogaína é pelo menos cinco vezes mais eficiente para interromper a dependência química do que tratamentos convencionais

Daniel Mello, da

              
Share2
Terpsichore/WikimediaCommons
Preparo de ayahuasca

Preparo de ayahuasca: a ibogaína tem efeitos semelhantes aos da ayahuasca, mas é mais potente
São Paulo - Estudo feito pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) indicou que a ibogaína é pelo menos cinco vezes mais eficiente para interromper a dependência química do que tratamentos convencionais. A substância é extraída da raiz da iboga, planta encontrada em alguns países africanos.

“Ela é usada desde a pré-história em rituais por tribos no Gabão, na África, que professam uma religião que se chama bwiti. Eles usam essa planta em rituais de entrada na vida adulta”, explicou o médico Bruno Chaves, um dos responsáveis pela pesquisa, em entrevista à Agência Brasil.

O estudo foi feito com 75 pacientes, entre usuários de crack, cocaína e álcool, entre janeiro de 2005 e março de 2013. Dos 67 pacientes homens, 55% ficaram livres do vício por, pelo menos, um ano. Entre as oito mulheres, a taxa foi 100%.
Os tratamentos convencionais interrompem o vício em um índice que varia de 5% a 10% dos casos. Os resultados do trabalho inédito foram publicados no The Journal of Psychopharmacology, da Inglaterra, uma importante publicação na área de psicofarmacologia.
Os participantes da pesquisa eram pessoas com histórico de dificuldades em deixar o vício. “A gente tem pacientes nesse grupo que, com 30 anos de idade, registram mais de 30 internações”, exemplificou Chaves.
Eles passaram por uma avaliação psiquiátrica e uma preparação psicológica antes de serem submetidos ao tratamento. “É importante que o paciente esteja motivado para aproveitar o efeito da ibogaína”, acrescentou o médico sobre o processo de seleção.
A ibogaína tem efeitos semelhantes aos da ayahuasca, bebida feita de plantas amazônicas usada em cerimônias religiosas. “A diferença é que a ibogaína é muito mais potente do que a ayahuasca. Para você ter uma ideia, o efeito da ayahuasca dura quatro horas. A da ibogaína dura de 24 a 48 horas”, explicou Chaves sobre a substância, que causa a sensação de expansão de consciência.
"O paciente começa a perceber melhor o que ele representa na vida, qual é a função dele no planeta, quais são as coisas que está fazendo certo, o que está fazendo errado”, detalhou o médico que acompanhou os pacientes durante a administração da medicação.
Na maioria dos casos, com apenas uma dose, o medicamento corta a vontade de usar drogas e impede crises de abstinência. “Ela equilibra a quantidade de neurotransmissores que há no cérebro e isso faz com que o paciente tenha uma sensação de bem-estar definitiva, não é só durante o efeito da medicação. A impressão que dá é que a ibogaína interrompe o processo que leva à dependência química”, explica Chaves.
Ao acabar com o interesse pela droga, o paciente tem, segundo o médico, mais facilidade de seguir com outras etapas do tratamento, como o acompanhamento psicológico, e retomar as atividades cotidianas. Ele alerta, no entanto, para que não seja feito o uso independente da substância, que pode ter feitos colaterais, como tontura, enjoo e confusão mental, durante o período de efeito.
O objetivo agora, de acordo com Chaves, é conseguir financiamento para um estudo mais amplo, com um número maior de pacientes e testes que possam mostrar os efeitos da ibogaína no cérebro.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Yawanawas Musica

TEASER_AWARA NANE PUTANE-Uma história do cipó-Ayahuasca



Awara Nane Putane -- Uma história do cipó é um curta-metragem em animação que conta o mito de origem do uso tradicional da ayahuasca, na versão da etnia yawanawa, que vive no coração da floresta amazônica, nas margens do Rio Gregório, no Estado do Acre. O curta é todo falado em idioma yawanawa, povo que pertence ao tronco linguistico Pano.
O roteiro e direção é de Sérgio de Carvalho, com produção de Karla Martins e Sérgio de Carvalho, Direção de Animação de Silvio Toledo e Valu Vasconcelos, Edição de Bruno Saucedo, Trilha Sonora e Mixagem de Duda Mello, Produção Indigena de Shaneihu Yawanawa, Vinnya Yawanawa e Vadé Yawanawa, Direção de Arte de Fred Marinho e Silvio Toledo, Pesquisa e Still de Talita Oliveira e Ney Ricardo, vozes de Shaneihu Yawanawa,Tika Matxuru , Nãynawa, Alda Artidor ( Dona Nega) Yawanawa,Yuva Yawanawa Kapacuru Yawanawa e Story Board de Clementino Almeida.

O projeto foi selecionado pelo Edital de Fomento ao Curta Metragem do MINC/SAV e teve apoio cultural do Governo do Estadodo Acre, por meio do DERACRE e Fundação de Comunicação e Cultura Elias Mansour, Fundaçãode Cultura Municipal Garibaldi Brasil, Funerária São João Batista, ABD&C Acre, Wave Produções e VT Publicidade.
  • Categoria


terça-feira, 29 de julho de 2014

A Ayahuasca entre a terra e o céu


A Ayahuasca, link amazônico entre a terra e o céu



Fátima Almeida*

Eduardo Ribeiro, maranhense, foi o primeiro governador afrodescendente do Brasil, no período 1892 a 1896. Filho de uma escrava, ele estudou na Academia Militar do Rio Janeiro, tornando-se oficial, vindo a ser governador do Amazonas durante a presidência de Floriano Peixoto. Envolveu-se com o positivismo que grassava em meio à oficialidade do Rio de Janeiro, mas foi obrigado a assinar um documento no qual declarava não ter nenhum “defeito de origem”, pela ascendência negra. Sua fotografia oficial foi retocada, europeizada, para disfarçar a “mulatez”. Em Manaus, construiu o Teatro Amazonas e transformou a cidade na Paris dos Trópicos.

Afora o fato de ter sido um urbanista, Eduardo Ribeiro abriu uma corrente migratória do Maranhão para a Amazônia, quando muitos negras vieram para a região, trabalhar nas obras da cidade, nos campos de cultivo e também nos seringais. Nessa leva, também vieram os traços da herança cultural maranhense, em especial a dança e as toadas do boi, hoje um festival na ilha de Parintins, significativo para o turismo daquele Estado.

Aberta a rota Maranhão-Amazonas, um jovem de dezessete anos, com quase dois metros de altura, migrou até as fronteiras com o Peru e a Bolívia, nas primeiras décadas do século seguinte. Ele, que nasceu em São Vicente de Fèrrer, em dezembro de 1892 e fixou-se no então emergente Território Federal do Acre, formou um Império, o chamado Império de Juramidam, atualmente com chancelarias em diversos países, tais como Grécia, Holanda, além de se estender por diversos Estados Brasileiros, tais como Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, etc. Estamos falando da autodenominação do que se constituiu Santo Daime.

O jovem Raimundo Irineu Serra trabalhando como extrator de seringa, para fabricação de borracha, matéria-prima para os pneumáticos, em contato com indígenas peruanos, experimentou o chá de uma liana ou cipó, junto com folhas de um arbusto da família das Rubeáceas, chá esse, comumente utilizado entre os indígenas da Amazônia peruana e colombiana para efeitos de medicina oculta e práticas xamanísticas.

Sob o efeito do chá, os indígenas da Colômbia podiam ver, por exemplo, se alguém houvera colocado “sal” em seu caminho, o que quer dizer, ter feito feitiçaria para atrapalhar-lhes os planos. Afora outros fenômenos de vidência, visões do futuro, visões de outro mundo, , às quais eles denominam de “pinta”. Talvez pelo fato de ter usado o chá, a ayahuasca, com bolivianos e peruanos, Irineu Serra chamou aquelas visões de “mirações”, pois para essas populações “ver” é “mirar”. 

De forma inesperada Irineu passou a ver, ouvir e conversar com uma deusa celestial que o teria acompanhado desde a viagem do Maranhão, a quem ele chamou de Clara. Sendo que a casa da referida deusa ficava localizada na Lua. Ele não sabia cantar e nunca tinha pensado nisso, em vir a ser cantor nem compositor. Mas recebeu uma ordem de Clara: “abra a boca e cante”. E assim ele o fez, quando recebeu seu primeiro hino de um conjunto de 132 hinos conhecido por “O Cruzeiro” formado ao longo de quatro décadas, mais ou menos: “Deus te Salve, ó Lua Branca, da cor tão prateada, tu sois minha protetora, deDeus tu sois estimada. Oh! Mãe Divina, do coração, nas alturas onde estás, minha mãe, no Céu, dai-meo perdão....” Esse primeiro hino, intitulado “Lua Branca”, é uma valsa de  abertura dos chamados trabalhos ou hinários que compõem a liturgia daimista.


 

Com o passar dos anos Irineu Serra foi estruturando a doutrina, organizando sua ritualística, indumentárias ou fardamentos, acessórios, instrumentos musicais, na companhia de seus seguidores. O fato de ser bem audível o apelo “dai-me” quando são entoados os cânticos apelativos ou de louvor, fez com que os passantes identificassem o grupo como “o povo do daime”. E assim ficou o nome daime para denominar o próprio chá e a manifestação religiosa que é exclusiva do Acre, não se verificando nada semelhante em nenhuma outra parte da Amazônia.

O Daime tem sido objeto de pesquisas desde o final da década de setenta, existindo hoje provavelmente centenas, talvez milhares de monografias, dissertações de mestrado e teses sobre o tema, desde o aspecto farmacológico ao antropológico e histórico cultural. É conhecido em toda a Amazônia Legal, com diversos nomes como Yagé, uásca, ayauhasca, cipó, cipó do morto-vivo, entre outros. A sua origem, para os indígenas Kaxinauá do Acre, deveu-se a uma aprendizagem de um dos seus antepassados junto às enormes cobras que moram nos poços existentes nos leitos dos rios em plena selva. Para os indígenas do Putumayo, na Colômbia, o cipó se originou de um cabelo de Deus que foi atirado à terra num gesto de irritação, segundo o antropólogo norte-americano Michel Taussig.


No Daime, o bailado - formação típica pela qual,  homens e mulheres, casados, casadas, solteiros e virgens, ficam dispostos num salão, enfileirados, fardados, formando um quadrilátero pendular de acordo com os passos de dança, para os lados, balançando cada um, um maracá, ao ritmo do hino que pode ser uma valsa, uma polca ou uma mazurca - lembra muito as danças folclóricas maranhenses. Além de que, alguns personagens que são invocados, hino após hino, tais como Princesa Soloína, Equior, Corre Beirada e outros parecem ser oriundos da encantaria maranhense, a par com os louvores a Nossa Senhora da Conceição e Jesus Cristo.O que denota um sincretismo religioso com traços do catolicismo popular, da pajelança indígena e do Candomblé de Eguns, este originário do Maranhão.


Irineu Serra atribuiu a esse fato a constituição de um Império, o de Juramidam, de modo que os adeptos, após a ingestão do chá adentram, em estado de miração, em um palácio suntuoso. Existem muitos elementos esotéricos, tais como a visão de uma enorme serpente. Irineu Serra, que não sabia escrever e tinha uma secretária para fazer anotações, Dona Percília, fez parte do Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento, durante alguns anos.

O grupo inicial sofreu perseguições e foi alvo de maledicências na pequena cidade de Rio Branco, capital do Acre. Mas, Irineu Serra conseguiu se estabelecer e consolidar sua doutrina, ao mesmo tempo, mantendo relações com homens públicos na base da cordialidade, respeito mútuo e até mesmo contribuindo com votos em número significativo para as eleições da época.

Após seu falecimento, em sete de julho de 1971, ocorreu o primeiro cisma, surgindo uma igreja nova, dissidente, sob a liderança de Sebastião Mota de Melo, responsável pela difusão do Daime em todo o mundo. Ainda em vida, Irineu Serra foi mentor espiritual de seu conterrâneo, Daniel Pereira de Matos,maranhense , seguiu caminho próprio fundando nova igreja de Daime com disposições distintas, desde doutrina, rituais, fardamentos, configurando-se como a “linha do mar” ao passo que a de Irineu Serra seria a “linha da terra ou da floresta”.


[Daniel Pereira de Matos]

 Existe ainda um terceiro modo de usar o chá, denominado União do Vegetal, fundado pelo baiano José Gabriel da Costa - nascido numa localidade de nome Coração de Maria, na Bahia, em 10 de fevereiro  de 1922 - nas florestas do território de Rondônia em fronteira com a Bolívia, no início da década de 60, atualmente com diversos grupos disseminados por vários Estados brasileiros e até em países como os Estados Unidos. Sendo que a UDV não tem aportes com o catolicismo popular, como ocorre no Daime, remontando à mitologia originária da civilização incaica e ao mesmo tempo preconizando os princípios do Evangelho.


Os três, Mestre Irineu, Mestre Daniel e Mestre Gabriel formam a tríade sagrada da ayahuasca que emergiu unicamente em região da Amazônia brasileira, com extensões pelo mundo inteiro, com milhares de seguidores, sites, publicações, documentários e toda ordem de suportes de memória e veiculação de informações, interpretações e divulgação das respectivas doutrinas. A questão dos seus sucessores tem colocado o problema dos cismas e,  o surgimento de novas igrejas, por toda parte, com as mais variadas orientações.

 

Fátima Almeida*éacreana, historiadora,escreveu dissertação de Mestrado sobre o Daime,em 2002 - Santo Daime: a colônia cinco mil e o movimento da contra-cultura.

domingo, 1 de junho de 2014

DMT - A Droga do Espírito - AYAHUASCA

DMT - A Droga do Espírito


Dr. Rick Strassman é um médico especializado em psiquiatria e doutorado em psicofarmacologia.

Rick Strassman estudou a fundo os efeitos das drogas enteógenas e alucinógenos. Ele investigou os efeitos da substância (DMT), um poderoso enteógeno, ou psicodélico, que é produzido por plantas e animais, assim como nos organismos humanos, no qual foi apontado experimentos de quase mortes e REM.

O DMT é o psicodélico mais poderoso do mundo, e é também uma substância química produzida naturalmente pelo nosso cérebro. A glândula pineal que está localizada no centro do nosso cérebro é declaradamente a glândula que facilita a produção dessas substâncias poderosas, segundo Dr. Strassman.


Strassman especulou que a substância seria produzida pela glândula pineal, o qual escreveu um livro chamado DMT: A Molécula do Espírito, e um documentário baseado em seu livro.

Em um estudo realizado de 1990 a 1995, a Universidade do Novo México, Strassman descobriu que alguns voluntários que injetaram altas doses de DMT relataram experiências com entidades "de outro mundo".

As entidades relatadas foram percebidas como habitantes de uma realidade independente. Subjetivamente, os resultados mais interessantes foram que altas doses de DMT permite que a consciência dos voluntários entrem em contato com ambientes não-corporais (não materiais) - independente da existência - habitada por seres diferentes que muitas vezes estavam a espera dos voluntários, e com quem os voluntários interagiam.


Pesquisadores acreditam que a molécula está relacionada à glândula pineal (conhecida como "glândula do espírito") e que ela pode ser uma facilitadora da dissociação momentânea entre corpo e alma que pode realmente ser uma porta de entrada para universos paralelos.


"Esses universos paralelos estão sempre entre nós a nos transmitir informações constantemente, mas não podemos percebê-los porque não fomos “programados” para entendê-los, senti-los ou percebê-los. Não temos ferramentas sensoriais disponíveis para sintonizar e captar esta informação." Rick Strassman

Ao contrário do que a crença de que viagens de DMT são meras alucinações, Dr. Rick Strassman sugere que, na verdade, o DMT teletransporta a nossa consciência para outras dimensões da realidade, dando-nos acesso aos reinos invisíveis. Em outras palavras, Strassman sugere que o DMT permite que sua mente acesse outros universos!

A dimetiltriptamina (DMT) é uma substância psicodélica produzida, supostamente, pela glândula pineal do nosso cérebro. O DMT está presente em diversas plantas, animais e algumas drogas alucinógenas, com estrutura química semelhante à mescalina, presente no LSD.

Por qual motivo o organismo humano produziria tal substância? Quando essa idéia se originou? Ela é realmente verdade?

A glândula pineal contém os blocos de construção necessários para fazer DMT. Por exemplo, possui os mais altos níveis de serotonina do que qualquer parte do corpo, e é um precursor da serotonina crucial para melatonina pineal. A pineal também tem a capacidade de converter triptamina serotonina, um passo crítico na formação de DMT.

As enzimas que convertem a única serotonina, melatonina (hormônio cuja função é regular o nosso sono), ou triptamina em compostos psicodélicos também estão presentes em concentrações extremamente elevadas na pineal.

Porque possui altos níveis das enzimas necessárias e precursores, a glândula pineal é o lugar mais provável para ocorrer a formação de DMT .

Se a pineal produz DMT, trata-se ainda de uma hipótese científica, no entanto, ela é encontrada no plasma sanguíneo e na urina, em baixas quantidades. Tal substância está presente no Chá do Santo Daime, que deriva de uma planta amazônica, utilizada em cultos religiosos, com uso liberado no Brasil.

A hipótese levanta por Strassman, sobre a pineal produzir DMT, é relevante pois tal glândula possui as enzimas e as moléculas necessárias para a formação e liberação dessa substância.

Os relatos de pessoas expostas a psicodélicos possuem características semelhantes a estados místicos, mediúnicos e meditativos. Estudos controlados pelo cientista trouxeram importantes evidências dessa correlação. A noção de estar fora do corpo e ter um alto nível de integração com a natureza fazem parte dessa gama de descrições similares às experiências induzidas de viagens astrais e contatos espirituais.

No momento da nossa morte, devido ao nível de estresse biológico, talvez a pineal produza uma forte quantidade de DMT, acarretando as famosas experiências de quase-morte (EQM). Tal liberação, possivelmente, explique as EQMs relatadas nas quais o indivíduo sai ileso a acidentes ou traumas.

Entretanto, isso não explica as experiências fora-do-corpo e os relatos verificados posteriormente por pacientes dados mortos clinicamente, uma vez que, em tais momentos, o cérebro está com atividade praticamente nula. Do mesmo modo, nas EQMs há uma clareza e lucidez acima do normal, o que já não ocorre com o uso dos psicodélicos, uma vez que geram frequentemente confusão mental, desorientação e falta de discernimento.

Durante seu discurso "Psychoactive Drugs Troughout Human History" (Drogas Psicoativas Através da História Humana), numa conferência em 1983 na Universidade da Califórnia em Santa Barbara, o pesquisador Andrew Weil mencionou em uma passagem: "A DMT é quase certamente feita pela glândula pineal no cérebro".

Enquanto isso, na Universidade da Califórnia em San Diego, Rick Strassman começou a se perguntar se a pineal poderia ou não produzir compostos psicodélicos.


Em seu livro “Eros e a Pineal: O guia do leigo do cérebro solitário”, Albert Most afirmou que “Um par de enzinas que ocorrem naturalmente na pineal [...] é capaz de converter a serotonina em vários alucinógenos potentes.”

*Albert Most é talvez mais conhecido pelo seu livro de 1984 Bufo alvarius: The Psychedelic Toad of the Sonoran Desert (Bufo alvarius: o sapo psicodélico do deserto de Sonora), no qual explica como coletar e fumar o 5-MeO-DMT- contido nas secreções deste animal. Coincidentemente, Most foi um dos dois primeiros voluntários na pesquisa do Rick Strassman com o DMT, iniciada em 1990 e terminada em 1995.

A maioria dos pesquisadores indica que a pineal pode transformar serotonina em 5-metoxi-N-metiltriptamina e em seguida fazer com que esse composto se transforme em N,N-dimetiltriptamina. Infelizmente, não há referências fornecidas para suportar a descrição dada por Albert Most para o metabolismo da pineal. No entanto, parece provável que esta linha geral de pensamento – a de que algumas triptaminas psicoativas são produzidas na pineal – nasceu no início dos anos 80.


Para o hinduísmo o Terceiro Olho (chacra frontal) propicia o contato com o plano astral e as visões espirituais. Cada chacra possui, supostamente, ligação com as glândulas corporais. Seria mera coincidência tal informação religiosa?

Se a DMT é capaz de alterar a nossa consciência, de que maneira o hinduísmo conhecia tal correlação com a pineal? O filósofo René Descartes afirmou que a pineal é o ponto substancial entre a alma e o corpo. Alguns livros espíritas alegam a mesma coisa.

Qual seria então o limite entre a experiência mística e a experiência provocada por alucinógenos?

Strassman afirma: "Porque eu sei tão pouco sobre física teórica, há menos constrangimento da minha parte em fazer tais especulações." E para aqueles que não sabem virtualmente nada sobre nenhum dos tópicos, parece não haver restrições em fazer especulações.

É exatamente por essa razão que as teorias de Strassman foram aceitas como fato por muitas pessoas, e expandida criativamente em novas direções. Algumas teorias especulativas incluem a idéia que os antigos profetas produziram mais DMT, que os campos eletro-magnéticos aumentam a produção de DMT, que passando duas semanas na escuridão total aumenta a produção de DMT, e que água fluoretada suprime a produção de DMT.


E apesar do fato de Strassman claramente afirmar que as suas idéias sobre o DMT e a glândula pineal não são comprovadas, muitas pessoas tem as aceitado como um fato.

Até junho de 2010 não havia evidências científicas de que a glândula pineal produz DMT, muito menos evidências há sobre as especulações que Strassman fez sobre o DMT ser um modulador químico da alma humana.


"Nós não sabemos se o DMT é feito na pineal. Eu reuni um grande grupo de evidências circunstanciais suportando a razão para olhar com calma e profundamente para a pineal, mas nós não sabemos ainda. Há estudos sugerindo aumento de DMT na urina de paciente psicóticos quando suas psicoses estão no pior grau. No entanto, nós não sabemos se o DMT aumenta durante os sonhos, meditação, experiências de quase-morte, morte, nascimento ou qualquer outro estado alterado endógeno.
Na medida em que estes estados se assemelham àqueles produzidos pela ingestão de DMT, certamente faz sentido se você imaginar que o DMT endógeno possa estar envolvido, e se estiver, iria explicar muita coisa. Mas nós não sabemos ainda. Mesmo se a pineal não estiver envolvida, isso teria pouco impacto nas minhas teorias que sugerem um papel para o DMT nos estados alterados endógenos, porque nós já sabemos que o gene envolvido na síntese do DMT está presente em vários órgãos, especialmente do pulmão. Se a pineal também produz DMT, isso iria amarrar um monte de pontas soltas sobre este enigmático órgão. Apesar de que pessoas podem viver normalmente sem a glândula pineal, por exemplo quando ela teve que ser removida por causa de um tumor." Rick Strassman


Para Dr. Strassman, a hipótese mais geral é que a pineal produz quantidades psicodélicas de DMT em momentos extraordinários da nossa vida. A produção de DMT na pineal é a representação física de processos energéticos não-materiais.

Ele nos fornece o veículo para conscientemente experimentarmos o movimento da força vital nas suas mais extremas manifestações. Desta forma, existe claramente a probabilidade de que o DMT possa alterar o funcionamento do cérebro, de modo a permitir o acesso ou conhecimento sobre "mundos paralelos".


Depoimento de Timothy Leary

"Durante os primeiros dois anos do Harvard Psychedelic Research Project (Projeto de Pesquisa Psicodélica de Harvard) circularam rumores sobre um “poderoso” agente psicodélico chamado dimetiltriptamina: ou DMT. O efeito dessa substância deveria durar menos que uma hora e produzir efeitos estilhaçantes e aterrorizadores. Dizia-se que era a bomba atômica da família psicodélica."
O DMT produz efeitos no homem similares ao LSD e mescalina. A única diferença é na duração: enquanto LSD e mescalina tipicamente duram de 8 a 10 horas, o DMT dura de 40 minutos a uma hora. Como LSD e psilocibina, o DMT tem a propriedade de aumentar a modificação metabólica da serotonina no corpo.

“Minha experiência com DMT ocorreu na mais favorável condição. Tínhamos acabado de presenciar a experiência extática de meu colega e a radiância de sua reação forneceu uma estrutura otimista e segura. Minhas expectativas eram extremamente positivas.”

“Cinco minutos após a injeção, deitado confortavelmente na cama, senti os sintomas típicos da aproximação psicodélica — uma soltura somática prazerosa, um afinamento sensitivo a sensações físicas.”

“Olhos fechados… visões típicas de LSD, a beleza rara do maquinário retinal e físico, transcendência da atividade mental, desapego sereno.


“De repente, abri meus olhos e sentei… a sala era celestial, brilhando com iluminação radiante… luz, luz, luz… as pessoas presentes estavam transfiguradas… criaturas que pareciam deuses… estávamos todos unidos em um organismo. Abaixo da superfície radiante pude ver o delicado e fantástico maquinário de cada pessoa, a rede de músculos, veias e ossos — excelentemente lindo e unido, tudo parte do mesmo processo.”

“Nosso grupo estava comungando uma experiência paradisíaca — cada um no seu turno estava recebendo a chave da eternidade — agora era a minha vez, eu estava experimentando esse êxtase pelo grupo. Mais tarde, outros iriam embarcar. Éramos membros de uma coletividade transcendente.”


“O Dr. X me auxiliou delicadamente… me deu um espelho onde vi meu rosto como um retrato em vidro manchado”.

“A incrível unidade complexa do processo evolutivo — incrível, infinita em sua variedade — por quê? Para onde está indo? etc… etc. As velhas perguntas e então a gargalhada de aceitação divertida, extática. Demais! Muito! Esqueça! Não pode ser deduzida. Ame-a em gratidão e aceite!

“Gradualmente, a iluminação brilhante foi recuando para o mundo tridimensional e me sentei. Renascido. Renovado. Radiante com afeição e reverência.”


“Essa experiência me levou ao ponto mais alto da iluminação com um enteógeno — um satori -pedra-preciosa. Foi menos interno e mais visual e social que minhas experiências usuais com LSD. Não houve um segundo de medo ou emoção negativa. Só alguns momentos de paranoia benigna (agente do grupo divino etc).”

“Fui deixado com a convicção de que o DMT oferece muito potencial como um gatilho transcendental. A brevidade da reação tem muitas vantagens — fornece segurança com a certeza de que acabará em meia hora e pode possibilitar a exploração precisa de áreas transcendentais específicas.”


A lição era clara. O DMT, como outras chaves psicodélicas, podia abrir uma infinidade de possibilidades. Mas ambiente, condição, sugestionabilidade e estrutura da personalidade estavam sempre lá como filtros, através dos quais a experiência extática podia ser distorcida.


Na volta a Cambridge, arranjos foram feitos com uma empresa farmacêutica e com nosso consultor médico para conduzirmos uma pesquisa sistemática com a nova substância. Durante os próximos meses fizemos mais de 100 sessões — no início, exercícios de treino para pesquisadores experientes e, depois, testes com pessoas completamente inexperientes em assuntos psicodélicos.

A porcentagem de sessões de sucesso, extáticas, foi alta — acima de 90%. A hipótese ambiente-condição claramente contou a favor do DMT, em relação a experiências positivas. Mas havia certas características definidas da experiência que eram notavelmente diferentes de psicodélicos clássicos — LSD, psilocibina e mescalina.

Primeiro de tudo, a duração. A transformação de 8 horas do LSD foi reduzida para 30 minutos. A intensidade também era maior. Isso significa que o estilhaçamento da percepção “aprendida” das formas, o colapso da estrutura adquirida, era muito mais pronunciado.

“Olhos fechados” produziam uma suave, silenciosa, na velocidade da luz, dança redemoinhante de formas celulares incríveis — acre sobre acre, milha sobre milha de formas orgânicas em giro suave. Uma volta de foguete convolutiva, acrobática e suave através da fábrica de tecidos. A variedade e irrealidade dos precisos, fantásticos e delicados mecanismos da maquinaria orgânica.

Muitos que experimentam LSD reportam odisseias sem fim através da rede de túneis circulatórios. Não com DMT. No lugar disso, uma volta na nuvem sub-celular em um mundo de beleza móvel e ordenada que desafia a busca por metáforas.

“Olhos abertos” produziam um colapso similar da estrutura adquirida — mas desta vez dos objetos externos. Rostos e coisas não mais tinham forma, mas eram vistos como um fluxo tremeluzente de vibrações (que é que elas são).

A percepção de estruturas sólidas era vista como uma função de redes visuais, mosaicos, teias de energia luminosa.

A transcendência do ego-espaço-tempo foi o relato mais frequente. As pessoas frequentemente reclamavam que se tornavam tão perdidas no amoroso fluxo de existências infinitas que a experiência terminava muito rápido, e era tão suave que faltavam pontos de referência para tornar as memórias mais detalhadas. As costumeiras referências de percepção e memória estavam faltando!

Não podia haver memória da sequência de visões porque não havia tempo — e nenhuma memória de estrutura porque o espaço foi convertido em um processo fluído.

Timothy Leary é Ph.D, foi professor de Harvard, psicólogo, neurocientista, escritor, libertário, ícone maior dos anos 1960 e do hedonismo, ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD.

A Experiência Psicodélica

Uma experiência psicodélica é uma jornada a novos reinos da consciência. A abrangência e o conteúdo da experiência são ilimitados, mas suas características são a transcendência de conceitos verbais, das dimensões de espaço-tempo, e do ego ou identidade. Tais experiências de consciência expandida podem ocorrer de diversas formas: privação sensorial, exercícios de ioga, meditação disciplinada, êxtases religiosos ou estéticos, ou espontaneamente.

Mais recentemente elas se tornaram disponíveis para qualquer um mediante a ingestão de drogas psicodélicas como LSD, pscilocibina, mescalina, DMT, etc.

Obviamente, a droga não produz a experiência transcendental. Ela apenas age como uma chave química – ela abre a mente, liberta o sistema nevoso de seus padrões e estruturas ordinários. A natureza da experiência depende quase inteiramente do arranjo e do cenário.
Arranjo refere-se à preparação do indivíduo, inclusive de sua estrutura de personalidade e do seu humor no momento. Cenário é o elemento físico – o clima, a atmosfera do ambiente; o social – sentimentos das pessoas presentes; e cultural – visões predominantes sobre aquilo que é real. É por esta razão que manuais ou guias são necessários. Sua proposta é fazer com que a pessoa seja capaz de entender as novas realidades da consciência expandida, servir como mapas rodoviários das novas zonas interiores que a ciência moderna tornou acessíveis.

A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de aspectos da mente anteriormente desconhecidos, inusitados ou pela exuberância criativa livre de obstáculos. Os estados psicodélicos fazem parte do espectro de experiências induzidas por substâncias psicodélicas. Neste mesmo campo de estados, encontram-se as alucinações, distorções de percepção sensorial, sinestesia, estados alterados de consciência e, ocasionalmente, estados semelhantes à transcendência e ao êxtase religioso.

Entre conosco nesta jornada pela Experiência Psicodélica, através do video abaixo:" A Experiência Psicodélica"

http://m.youtube.com/watch?v=uwyVhbQQ7ks

Vídeo:Mundo Cogumelo


Aqui no Brasil a molécula DMT é consumida através de uma bebida preparada com a planta Ayahuasca, muitas vezes, em rituais de determinado grupo espiritualista com o intuito de provocar experiências espirituais. Essa doutrina espiritualista é chamada de Santo Daime e surgiu no interior da Amazônia no início do século vinte, sendo que o uso a Ayahuasca para experiências extracorpóreas já era feito pelos indígenas da região há centenas de anos.

"A bebida tem uma farmacologia bem complexa, que inclui pelo menos quatro substâncias importantes. Três delas atuam no sistema de transmissão da serotonina e a quarta, chamada DMT, ativa a área do cérebro que induz a visões de caráter realista", afirmam os cientistas que que pesquisaram a droga.

"Sob o efeito do Daime, a pessoa sente como se estivesse viajando dentro de si mesma e a conseqüência se manifesta em modificações na percepção. Os sentidos tornam-se mais aguçados, podendo ocorrer estranhas visões luminosas, até mesmo causando a sensação de estar mantendo contato com pessoas distantes."

A ayahuasca provoca “expansão da consciência” sem causar danos físicos, inclusive atribuindo à substância propriedades curativas, como reativar órgãos danificados.


O fato de uma determinada substância ser liberada em estados transcendentais não prova que sejam ilusões, uma vez que o cérebro não pode nos dizer sobre a realidade de fato. Imaginar ou perceber algo ativa exatamente as mesmas áreas cerebrais. Abre-se então uma questão pertinente: essas substâncias psicodélicas são mediadoras ou CAUSAM tais fenômenos?

Na atualidade não há motivos para manter assuntos do campo espiritual longe da ciência e e certamente que tais fenômenos psicodélicos devem ser estudados.

No entanto, o estudo com drogas psicodélicas e seus efeitos em ambiente controlado recebe pouco destaque da comunidade científica tradicional. Talvez a questão aqui seja mais da ordem da burocracia. Pesquisadores que tentam verba para tais estudos dificilmente a conseguem. Ainda há um enorme preconceito em torno do assunto. Ainda há muitas perguntas não preenchidas no conhecimento científico.

Os pesquisadores mais otimistas (e sensatos) acreditam que a molécula está relacionada à glândula pineal (conhecida como "glândula do espírito") e que ela pode ser uma facilitadora da dissociação momentânea entre corpo e alma.


"Nossa sociedade valoriza a consciência de alerta para resolver problemas. Desvaloriza todos os demais estados de consciência. Qualquer outra consciência que não está relacionada a produção de consumo de bens materiais é estigmatizada em nossa sociedade atual." Rick Strassman

A grande resistência dos cientistas sobre esse tema só prova que, a ciência não está, ou não esteve por muito tempo, interessada em fazer ciência lúcida, que é a ciência que segue as evidências onde quer que elas nos possam levar, mesmo que isso implique no choque entre ideologias científicas, interesses comerciais e crenças predominantes na sociedade.

Estudos recentes propõem a probabilidade de que a DMT é a substância chave que altera as propriedades físicas do cérebro, alterando o funcionamento de como ele observa o “seu mundo”, de modo a permitir o acesso ou conhecimento sobre muitos mundos.


Esta possibilidade só confirma muitas das histórias relatadas por aqueles que usaram DMT de que não é apenas mera alucinação ou uma "viagem", pois interagiram com seres que habitam esses outros mundos...


A sutil combinação de ciência, espiritualidade e filosofia na abordagem de Strassman lança luz sobre uma série de idéias que podem alterar consideravelmente a forma do homem entender o universo e se relacionar com ele.


Filme: DMT- A Molécula do Espírito

O filme "DMT - A Molécula do Espírito" tem a direção de Mitch Schultz e foi lançado em 2010 nos Estados Unidos da América. Neste filme são relatadas as experiências que o Dr. Rick Strassman obteve através de suas pesquisas pioneiras sobre a molécula dimetiltriptamina (DMT).

http://m.youtube.com/watch?v=OJWtTahD1PU

Vídeo: Andrew Rogner Bisan


* Agradecemos a valiosa colaboração nas pesquisas, de nossa sempre parceira: Cecy- Lazzuly Blue



Fonte:https://cogumelosmagicos.org/
http://pensaralem.wordpress.com/
http://bloglaurabotelho.blogspot.com.br/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

AYAHUASCA - UMA PLANTA DE PODER

11 de maio de 2014 23:31
AYAHUASCA – UMA PLANTA DE PODER

Neste texto buscamos responder às dúvidas e perguntas mais freqüentes daqueles que trilham pelos caminhos da Ayahuasca. Pensamos que a leitura deste documento possa ajudar a aclarar o PORQUE de algumas de nossas mais essenciais convicções como:

- Ayahuasca não é droga, não vicia, não causa dependência física ou psicológica, nem “alucinações”;
- Ayahuasca está associada a inúmeros casos de cura de vícios, de dependência de álcool e drogas, e de recuperação da saúde;
- Ayahuasca é uma via de auto-centramento, fortalecimento da psique, segurança, auto-estima, firmeza, otimismo e paz interior.
- A Ayahuasca age como um estupendo facilitador, de compreensão da existência das camadas profundas dos “impulsos de vida” e “impulsos de morte”, nos permitindo dialogar com o seu centro inteligente, e seus desdobramentos energéticos no plano espiritual, ou seja “invisível “ mostrando e ajudando a eliminar profundas camadas psicológicas e espirituais de nosso SER, através de ações musculares de contração e relaxamento, chamadas de PURIFICAÇÃO ou limpeza.
- Ayahuasca é um caminho para o reencontro com o que temos de melhor em nós e com o Divino manifesto na Terra.
Estas afirmações, entretanto, serão inúteis se não forem fundamentadas nos fatos e comprovadas pela experiência de cada um.

OS NOMES DA AYAHUASCA:
Existem pelo menos 42 nomes indígenas para este preparado. É notável e significativo que pelo menos 72 tribos indígenas diferentes da Amazônia, não obstante as distâncias de suas separações geográficas, de idiomas e culturais, manifestem um conhecimento tão comum e detalhado da ayahuasca e de seu uso. Eis os principais nomes pelos quais a conhecem:

Natema, Yagé, Nepe, Ayahuasca, Santo Daime, Vegetal, Dapa, Pinde, Runipan, Bejuco Bravo; Bejuco de Oro; Caapi (Tupi, Brazil); Mado, Mado Bidada e Rami-Wetsem (Culina); Nucnu Huasca e Shimbaya Huasca (Quechua); Kamalampi (Piro); Punga Huasca; Rambi e Shuri (Sharanahua); Ayahuasca Amarillo; Ayawasca; Nishi e Oni (Shipibo); Ayahuasca Negro; Ayahuasca Blanco; Ayahuasca Trueno, Cielo Ayahuasca; Népe; Xono; Datém; Kamarampi; Pindé (Cayapa); Natema (Jivaro); Iona; Mii; Nixi; Pae; Ka-Hee’ (Makuna); Mi-Hi (Kubeo); Kuma-Basere; Wai-Bu-Ku-Kihoa-Ma; Wenan-Duri-Guda-Hubea-Ma; Yaiya-Suava-Kahi-Ma; Wai-Buhua-Guda-Hebea-Ma; Myoki-Buku-Guda-Hubea-Ma (Barasana); Ka-Hee-Riama; Mene’-Kají-Ma; Yaiya-Suána-Kahi-Ma; Kahí-Vaibucuru-Rijoma; Kaju’uri-Kahi-Ma; Mene’-Kají-Ma; Kahí-Somoma’ (Tucano); Tsiputsueni, Tsipu-Wetseni; Tsipu-Makuni; Amarrón Huasca, Inde Huasca (Ingano); Oó-Fa; Yahé (Kofan); Bi’-ã-Yahé; Sia-Sewi-Yahé; Sese-Yahé; Weki-Yajé; Yai-Yajé; Nea-Yajé; Noro-Yajé; Sise-Yajé (Shushufindi Siona); Shillinto (Peru); Nepi (Colorado); Wai-Yajé; Yajé-Oco; Beji-Yajé; So’-Om-Wa-Wai-Yajé; Kwi-Ku-Yajé; Aso-Yajé; Wati-Yajé; Kido-Yajé; Weko-Yajé; Weki-Yajé; Usebo-Yajé; Yai-Yajé; Ga-Tokama-Yai-Yajé; Zi-Simi-Yajé; Hamo-Weko-Yajé (Sionas do Putomayo); Shuri-Fisopa; Shuri-Oshinipa; Shuri-Oshpa (Sharananahua).

Ayahuasca ou Ayawasca ou cayahuasca, jayahuasca ou xayahuasca, aioasca, auasca, uasca é uma palavra do idioma Quéchua que significa “cipó dos espíritos”, “chicote da alma” ou ainda “vinho dos espíritos” ou mesmo “vinho da vida”. É o nome mais usado pelos índios do Altiplano Andino que falavam o Quéchua, e foi dado em homenagem a um dos últimos Incas, o Príncipe Huaskar, que desapareceu por ocasião da conquista espanhola. O conquistador Cortez se aproveitou disso para acusar o irmão de Huaskár – o Imperador Inca Atahualpa – pelo seu desaparecimento e suposto assassinato, e assim justificar a tortura e a morte em praça publica do Imperador, a mando do tribunal da Santa Inquisição. Na verdade o tal assassinato jamais ocorreu, pois o Inca Huaskar, segundo a lenda, fugiu para a Floresta Amazônica, onde se integrou, e depois de sua morte seu nome passou a ser dado ao chá feito a partir da cocção do CIPÓ MARIRI ou JAGUBE (Banisteriopsis Caapi) com a folha da CHACRONA (Psychotria Viridis). Aya significa ALMA e Huaska significa CHICOTE, significando, pois CHICOTE DA ALMA.

NATEMA é o nome dado pelos nativos Jivaro. O termo espanhol significa, literalmente, corda da morte (corda = cipó).
YAGÉ significa em língua tupy pronuncia Ya-hay “sonho azul”, devido à coloração azul de suas mirações. A origem indígena do Yagé é a tribo dos Putumayos, do norte do Peru e da floresta amazônica brasileira.
SANTO DAIME é o nome dado pelo Mestre Raimundo Irineu Serra a Ayahuasca, quando cristianizou o chá para uso no contexto urbano.
VEGETAL – HOASKA é o nome adotado pelo Mestre José Gabriel da Costa, quando criou a União do Vegetal.

ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA PELA AYAHUASCA:
A Ayahuasca é um meio de expansão da consciência, sendo que o estado de transe e extase é parte da prática religiosa de milhões de pessoas.
Para o espiritismo o transe é condição necessária para possibilitar a comunicação com os espíritos dos mortos; o médium, em transe, emprestaria seu corpo para que um espírito o usasse como veículo de sua manifestação.
A Ayahuaska joga rapidamente as ondas cerebrais de ALFA para TETA, levando para uma zona da memória onde toda a vivencia irá se desenvolver, buscando e rememorando a vida interior do corpo (genética e hereditária) e a vida exterior ou social da pessoa, no presente, passado e futuro, e abrindo para a paranormalidade.

MUDANÇAS INTERNAS DO ORGANISMO DURANTE O TRANSE:
A ingestão da Ayahuasca provoca uma mudança física, afetando diretamente o cérebro, cuja freqüência de ondas passa do nível BETA (ativo) para o nível ALFA (relaxado, entre 8 e 12 Hz) ou TETA (profundamente relaxado, entre 5 e 8 Hz). Simultaneamente ocorre redução do ritmo respiratório de 12-14 para 4-6 vezes por minuto, redução de oxigenação em até 20 por cento, redução do ritmo metabólico de 25 a 30 por cento, redução da pressão sangüínea, mudança no pH e nos níveis de bicarbonato de sódio do sangue, aumento da resistência da pele, bem como aumento da acuidade e sensibilidade da audição, da visão, e do tato. Ou a DELTA quando atingimos o ÊXTASE.

REAÇÕES FÍSICAS do CORPO DURANTE O TRANSE:
Dificilmente as ondas do cérebro serão alteradas sem alterar o organismo físico como um todo. Um está ligado ao outro, e naturalmente a alteração vai afetar todo o sistema nervoso. Sendo assim é inevitável que também os movimentos do esôfago e dos nossos intestinos sejam alterados, dependendo mais ou menos do estado de ansiedade e das condições físicas em que o indivíduo em questão se encontra no momento que passa pela experiência, podendo ocorrer eliminação de líquidos e substâncias aquosas retidas em algumas das dobras profundas dos mesmos, ocasionando um intenso bem estar em seguida.

REAÇÕES DURANTE O TRANSE QUE OCORREM NO CÉREBRO:
Passando para o estado ALFA o cérebro passa naturalmente a funcionar com ondas mais calmas do que as do dia-a-dia, as BETAS, e tem a natural tendência de deter o fluxo dos pensamentos vagabundos, duais, que o habitam; trazendo um inegável bem estar, repassado para o corpo físico todo, tanto que mesmo a dor e as infecções tendem a diminuir durante o tempo em que a mente permanece em estado ALFA.
Quando estas mudanças celulares eletroquímicas ocorrem, o aumento da atividade dos neurônios é inevitável, tendo a pessoa à impressão clara de que estava dormindo e acordou de repente, remodelando as redes neurais que estavam desconexas, fazendo com que o neocórtex (pensamento e intelecto), o sistema límbico e o tálamo (sensação e emoção) e o bulbo raquiano (intuição e inconsciente) se comuniquem. Restabelecida esta conexão, costumamos sentir que “estamos salvos”, no plural.

O TRANSE LEVA À PARANORMALIDADE. Os TIPOS de Paranormalidade são:
Telepatia – Faculdade onde o sensitivo mantém comunicação com outra pessoa à distância. Pode também se comunicar com espíritos, elementais ou “coisas”.
Clariaudiência – Captação hiperfísica nos ouvidos humanos, podendo ser ouvidos até sons de outras galáxias.
Clarividência ou Miração – O sensitivo consegue ver o que se passa em outros planos, como seres ou “coisas” que dele se aproximam no campo astral.
Psicometria – Captação pelo toque das mãos em qualquer objeto ou superfície.
Psicografia – Capacidade paranormal de “receber mensagens por escrito” de outros planos (como os Ícones cantados nos Trabalhos)
Inspiração – O sensitivo consegue captar idéias que fluem pelo espaço, dentro de uma vibração semelhante à sua.
Intuição – Manifestação vinda do Mestre Interior.
Incorporação – Manifesta-se através do movimento do corpo, podendo haver também uma manifestação simultânea de clariaudiência e/ou de clarividência.
Transfiguração – Mudança de aspecto físico.
Hiperestesia Indireta do Pensamento (HIP) – “Leitura” do pensamento (através da linguagem corporal; capacidade de “ouvir” o pensamento à curta distância, poucos metros).
Pantomnésia – Capacidade do Inconsciente de se lembrar de tudo.
Talento do Inconsciente – Inteligência e raciocínio do Inconsciente.

EFEITOS ESPIRITUAIS DO ÊXTASE:
O Êxtase, do grego “ex stasis”, significa literalmente “ficar fora”, “estar fora”, isto é, “libertar-se” da dicotomia da maior parte das atividades humanas. Êxtase é o termo exato para a intensidade de consciência que ocorre no ato criativo. Não é algo irracional: é supra-racional. Une o desempenho das funções intelectuais, volitivas e emotivas, provocando instantânea mudanças de comportamento.
O cérebro ao entrar em Êxtase vai começar a funcionar em ondas celebrais TETA profundo, não raro inconsciente sem a Ayahuasca com o chá este estado fica plenamente concentrado intensamente e consciente. Quando inconsciente e porque entrou em DELTA, que sobre efeito do chá são poucos minutos, levando a experiência da imitação da morte.
O ÊXTASE elimina a separação entre objeto e sujeito alargando as fronteiras da consciência humana, levando o sujeito à CRIATIVIDADE.
Seus efeitos são:
Oferece a certeza, a sensação de que “nada pode nos acontecer que já não nos pertença, guardado no nosso ser mais secreto”.
Unidade, pois o individuo sente que a separação entre ele e um objeto exterior não se faz mais presente, embora saiba, ao mesmo tempo, que, num outro nível ele e os objetos (animados e inanimados) estão separados.
Transcendência do Tempo e do Espaço, ao experimentar a sensação de eternidade ou infinidade.
Altruísmo (transcendência do EGO) e sentimento de Humildade, pois a pessoa está mais capacitada a ouvir seu SER interior, superando a ansiedade, a inibição, a defesa, o controle, o conflito da loucura e da morte, e isto vale dizer que o medo diminui na vida pratica.
Profunda sensação Interior de positividade, despertando alegria, bem-aventurança e PAZ.
Sacralidade, o respeito e admiração em relação à presença de realidades inspiradoras.
Objetividade e realidade, dadas pelos insights, ou iluminação a nível não racional, obtida por experiência direta
Paradoxalidade, experiências místicas que podem ser contraditórias, como “O Eu Existe e Não Existe”.
Persistentes Mudanças de Comportamento em relação ao EU, em relação à VIDA, em relação à própria experiência mística.
Livre-arbítrio ampliado devido à sensação de estar ativo, de se tornar o centro criativo de suas próprias atividades e de suas próprias percepções, mais autônomo, um agente livre, desta forma ampliando os próprios horizontes e conseqüentemente o LIVRE-ARBÍTRIO.

SOBRE A PURIFICAÇÂO:
PURIFICAÇÂO é o nome dado ao processo de descondicionamento de antigas couraças, musculares e psíquicas, tanto no plano físico, como no plano do corpo astral.
A PURIFICAÇÂO pode ocorrer em qualquer momento do Trabalho, ela atua tanto física, quanto mental e espiritualmente, através das aberturas do corpo.
Os Xamãs a chamam “Peia”, ou “Chicote de DEUS”. Ela desbloqueia as nossas resistências físicas, há muito enraizadas nos músculos, como também a RESISTÊNCIA interna a mudanças, ao novo.
A) A PURIFICAÇÂO PROMOVE ELIMINAÇÃO DE FLUÍDOS EXISTENTES NAS DOBRAS DO ESTÔMAGO QUE GERAM DOENÇAS. É crença geral que no momento em que contraímos a IDÉIA de uma doença ou de um mal, seja ele qual for, este pressentimento impregna o ar e vem em nossa direção, criando a energia geradora daquele mal, gerado nas entranhas dos intestinos. Enquanto esta energia não for expelida, a doença não pára de ativar seus efeitos, atraindo coisas específicas daquela vibração para o nosso corpo.
B) A AYAHUASKA PROMOVE A PURIFICAÇÂO NA LINGUAGEM-PENSAMENTO. Devido à fragmentação da linguagem (que provoca a desestrutura do pensamento) os pensamentos e as emoções se fragmentaram, causando grande dano mental e emocional, seja por qual razão ocorra. Quais os EFEITOS desta fragmentação e como agem em longo prazo? Agem sozinhos, nas horas menos previsíveis: parecem ter vontade própria. É o VERBO em estado caótico procurando se acomodar na nova ordem mental da mistura das letras geradas no mecanismo automático do pensamento.
C) A AYAHUASKA PROMOVE A PURIFICAÇÂO NAS FORMAS FRAGMENTADAS DE EMOÇÕES. Trata-se de formas de EMOÇÃO não domesticadas, desprendidas e atraídas pela EMOÇÃO e que ganham vida pela palavra. São o que figuradamente podemos chamar do lixo das palavras que sobraram no plano mental coletivo.

OUTROS EFEITOS DA AYAHUASCA:
DIMINUI A DEPRESSÃO, religando ao Principio Divino, gradualmente.
AJUSTA OS CORPOS SUTIS, pois são sete os planos de manifestação da vida neste planeta que nos permitem viver num corpo físico. Os sete planos, juntos, compõem o nosso corpo astral. A religação consiste em ajustar ou religar os sete corpos sutis criando HARMONIA, que se manifesta, no campo físico, pela harmonia entre pensamentos, sentimentos e a linguagem ou fala.
ATIVA a MEMÓRIA, estimulando os neurônios. Para isso são usados cantos arcaicos, de sílabas sonorizadas, que expressam a linguagem simbólica e têm como objetivo trazer as forças da Natureza e do Cosmos para a experiência humana que, desde o começo de sua presença na Terra, insiste em restabelecer o contato com o Divino.
O canto reconecta a Memória com o Sagrado, principalmente quando pronunciamos as sílabas dirigidas para o topo da cabeça. Está técnica ajuda a diminuir os pensamentos “vagabundos” que povoam a nossa imaginação.
Os CANTOS ou ÍCONES são usados no sentido de buscar a consciência das palavras e das estruturas lingüísticas, com percepção clara do Poder da Linguagem formulada pelo cérebro, assim como da Palavra dita em Voz Alta. Estudando a estrutura das palavras saberemos porque um povo age de determinada maneira e não de outra forma.
A música é capaz de ativar o fluxo de memórias acumuladas, através do “corpus callosum” – uma porção de fibras que ligam os hemisférios direito e esquerdo do cérebro – ajudando ambos a trabalhar em harmonia, estimulando as endorfinas, opiáceos naturais segregados pelo hipotálamo, que produzem um sentimento de embriaguez, como o de estar apaixonado.
Ajustando desta forma a emoção e a razão, acabamos de vez com a guerra existente entre estes dois lados da cabeça. Não há como acabarmos com as guerras exteriores e mundiais se não acabarmos primeiro com as desavenças dentro de nosso próprio cérebro.

O SOM DO MARACÁ COMO ELEMENTO DE RESTAURAÇÃO:
Nas técnicas xamânicas usam-se os Maracás, pois eles possuem o poder de restauração da saúde, eliminando obsessões de origem astral vindas de forças estranhas ao ser humano. Esses obsessores tanto podem ter origem em elementos da natureza, como em pensamentos das pessoas, e acabam ganhando vida própria.
O resultado geral do uso da Ayahuasca pode ser descrito como a pacificação gradual da personalidade, diminuindo a ansiedade, eliminando o mau humor, e equilibrando o sistema nervoso – a razão e a emoção.
Mundo de Gaya.
Por: Ana Vitória – Universo Místico

quarta-feira, 30 de abril de 2014

DMT- A Molécula do Espírito " Desmitificar o uso da Auahuasca e abrir o campo de pesquisa na área dos fenômenos espirituais".



O filme "DMT - A Molécula do Espírito" tem a direção de Mitch Schultz e foi lançado em 2010 nos Estados Unidos da América. Neste filme são relatadas as experiências que o Dr. Rick Strassman obteve através de suas pesquisas pioneiras sobre a molécula dimetiltriptamina. Esta substância "alucinógena" é encontrada em plantas e no cérebro humano. O que intriga os cientistas são os efeitos que ela causa apesar de sua estrutura molecular tão simples.
Aqui no Brasil a molécula DMT é consumida através de uma bebida preparada com a planta Ayahuasca, muitas vezes, em rituais de determinado grupo espiritualista com o intuito de provocar experiências espirituais. Essa doutrina espiritualista é chamada de Santo Daime e surgiu no interior da Amazônia no início do século vinte, sendo que o uso a Ayahuasca para experiências extracorpóreas já era feito pelos indígenas da região há centenas de anos.
No documentário, cientistas mostram que na atualidade não há motivos para manter assuntos do campo espiritual longe da ciência e que tais fenômenos psicodélicos devem ser estudados. Os pesquisadores mais otimistas (e sensatos) acreditam que a molécula está relacionada à glândula pineal (conhecida como "glândula do espírito") e que ela pode ser uma facilitadora da dissociação momentânea entre corpo e alma.A bebida Ayauasca, também conhecida como Santo Daime é obtida pela cocção de duas plantas, o cipó Jagube ou Mariri (Banisteriopsis caapi) e da folha Rainha ou Chacrona (Psychotria viridis).

"Nossa sociedade valoriza a consciência de alerta para resolver problemas. Desvaloriza todos os demais estados de consciência. Qualquer outra consciência que não está relacionada a produção de consumo de bens materiais é estigmatizada em nossa sociedade atual." Rick Strassman

Por razões culturais os estudos com substâncias psicodélicas foi suspensa nos EUA. Prova de que, a ciência da academia (Universidades) não está, ou não esteve por muito tempo, interessada em fazer ciência lúcida, que é a ciência que segue as evidências onde quer que elas nos possam levar mesmo que isso implique no choque entre ideologias científicas, interesses comerciais e crenças predominantes na sociedade.
Vários voluntários a participar da pesquisa tomaram o DMT e relatam no filme experiências extraordinárias. Um deles, inclusive, após o uso da substância sentiu-se em contato mais profundo com a realidade, obteve maior entendimento da mesma, levando-o a decodificar matemáticamente a experiência. Logo após, um cientista reforça que tais fenômenos podem mesmo trazer mais esclarecimentos sobre o funcionamento estrutural da realidade, das relações humanas, etc.
O filme tem duração de pouco mais de uma hora e, descartando algumas interpretações teístas para questões que estão além do que podemos entender atualmente, é de grande importância para desmistificar o uso da Ayahuasca e abrir o campo de pesquisa na área dos fenômenos espirituais.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Xamanismo







O xamanismo é praticado pelo homem, há mais ou menos, 60.000 anos. Seus elementos são: a conexão com o espírito e uma ligação profunda com os elementos da natureza, do universo e da criação. Traços do Xamanismo podem ser encontrados em muitas religiões e tradições, é a mais antiga disciplina religiosa médica e psicológica da humanidade. O Xamã é médico, "trabalha com o corpo e as ervas", é sarcedote "trabalha com rituais e o espírito", é psicológico, "trabalha com a mente".

Há milhares de anos o homem vem tentando separar Deus de tudo o que existe, fazendo com que ele seja considerado uma unidade separada. Isto não é verdade. Deus está em todas as coisas, nas pessoas (boas ou más), nos objetos, nas plantas, nos animais (até nos microorganismos), na Terra (nos minerais), no ar, na água, nas estrelas, no espaço (aparentemente vazio), enfim, em tudo o que é visível e o que não é visível. Deus é uma tonalidade que permeia todo o Universo, existe antes de tudo e depois de tudo, ele é o começo, o meio e o fim.
Shaman é alguém (seja homem ou mulher) que entra em um estado alterado de consciência por vontade própria, para contactar e utilizar uma realidade oculta. É a viagem da alma para obter o poder do conhecimento oculto.

Animais de poder o cercam, músicas de poder têm a função de invocar os espirítos protetores e seus objetos rituais ajudam a sustentar seu enfoque, no estado shamânico da consciência. O shaman trabalha em conjunto com as forças da natureza para promover a cura e transmitir o poder.

Quando uma pessoa enfrenta em sua vida uma ameaça, situação chocante, crises de depressão, o shaman acredita que parte da alma se desliga do corpo, numa reação de auto-proteção. Isso faz com que a pessoa se sinta infeliz, ausente, perdida, inconsciente da forma que enfrenta sua dor. Neste caso, o shaman realiza a jornada de recuperação da alma na qual seus animais de poder mostram o caminho de reintegração.

Texto oferecido pelo Xamã Marco Antonio Mazz

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ayahuasca Consagrar ou não?‏

Olá Enio e todos as irmãs e irmãos dos Institutos Independentes de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goias, Brasília, Tocantins. Bahia e Rio Grande do Norte.

Muito bom o texto, explicativo que nos mostra a nossa seriedade e responsabilidade ao convidar uma pessoa a comungar a Sagrada Ayahuasca e nos reforça como devemos cuidar desta pessoa ao chegar nos Institutos, sentir seus medos sua ansiedade, lhe mostrar que a vivência é sua mas, estamos como irmãos mais velhos para lhe conduzir a este caminho, caminhando lado a lado.

Irei encaminhar o texto aos trabalhadores da Aldeia e a nossos frequentadores, e utilizar esta informação para as pessoas que nos procurarem querendo participar pela 1ª vez em nossos rituais.

A amizade e a solidariedade e o amor ao próximo, jamais sairão de moda.
Basta querermos.
Abraços fraternos. fique na Paz e na Luz Crística.
Beto Maia e Lúcia Maia
Instituto Saint Germain - Aldeia Amor Lakota - AALK - Brasília - DF
DDD - Brasília (61) 8416 - 5005 (OI) /9989-7325 VIVO / 9505-5925 (CLARO) 8165-6121 (TIM)



Ayahuasca Consagrar ou não?


Sempre procuro nunca e jamais impor a alguém consagrar o VINHO DA ALMAS, pois acredito que seja algo muito pessoal e de momento, acredito que a pessoa deve se dar a oportunidade de consagração e deve escolher bem ao local onde seja feito um trabalho transparente e sem misturas ou drogas(algum lugar apropriado e preparado para se ter a experiência) e que traga um direcionamento sem imposições a uma melhora para vida.

Todos que estudam a ayahuasca sabem que medicinalmente a ayahuasca é inofensiva a saúde e isso é importantíssimo para que não caia em devaneios, projeções e ilusões de sua mente inferior durante as vivências, claro que existem algumas restrições indicadas pela medicina que devem ser observadas como no caso da pessoa ser psicótica ou mesmo obedecer as restrições da saúde e medicamentos, a demais quem faz seu uso com responsabilidade só colhe benefícios a vida pessoal e a saúde física.

Se estudarmos atentamente tudo que ocorre durante uma vivência com ayahuasca, cientificamente por assim dizer, a ayahuasca permite adquirirmos a experiência similar da morte e de forma consciente(desde que não fantasiem ou se iludem na mente inferior ou mente concreta), não é a toa que chamam a ayahuasca de VINHO DAS ALMAS, pois a experiência que se vive com a ayahuasca é a mesma quando se nasce ou morre, a própria medicina nos revela que é no nascimento e na morte que ocorre a maior intensidade de DMT em nosso cérebro, por causa desse fenômeno que muitas pessoas antes de morrer sofrem de alucinações de suas próprias memórias ou mesmo estabelecem o contato com o que existe no invisível, normalmente as alucinações de suas memórias ocorre devido a culpa e a própria irresponsabilidade vivida durante a existência de uma forma profana e sem sentido a vida, na busca de satisfação de seus sentidos acabam sendo incapazes de ter consciência na morte física.

Por isso e mais do que isto, não gosto de insistir as pessoas a consagrarem este sacramento, pois poderão descobrir durante a experiência esses estados e vivenciar essa natureza, mas sei e é experiência na vida de milhares de pessoas que consagram esse sacramento que é a forma como conseguem transcender seus problemas pessoais e os dramas da vida, tornando-se mais determinados na vida a enfrentar as dificuldades de uma forma alegre e com os benefícios que só uma consciência expandida permite a pessoa encontrar soluções melhores, essa consciência expandida não é dependente de se consagrar essa bebida indígena(existem exercícios e meditações que nos possibilitam essas expansões).

Mas a natureza é sábia e em grande parte cada pessoa recebe o que necessita ao consagrar o vinho das almas, e caso ocorra uma experiência confusa ou mesmo forte, pode ter certeza absoluta que tudo passa, pois o corpo físico é uma excelente ancora de sua consciência, mas saiba que a boa experiência advém de uma concentração bem centrada e vivendo-se o momento presente sem fuga e sem fantasias da mente e das emoções, saiba que tu que vens consagrar essa BEBIDA SAGRADA és responsável por si e por participar, então tens o dever de seguir as leis e regimentos interno as instituições que te acolhem e evitar de mergulhar nas ilusões, apegos e fantasias pessoais para abrir o coração a mais pura espiritualidade onde DEUS fala contigo revelando os mistérios da natureza e tudo que necessitas mudar no pensamento e sentimento.

Sejamos sempre maduros em nossa vida e em tudo que fazemos, seja em nosso lar, ou quando estamos sozinhos ou em um grupo a isto chamo de dignidade e valor que acrescenta autoestima e respeito principalmente a si mesmo.

Durante sua experiência com esse sacramento, lembre-se com todo fervor a passagem bíblica: "Aquieta-vos e sabei que EU SOU DEUS.”(Sl 46.10) desta forma e somente desta forma poderás vivenciar a real e verdadeira espiritualidade.